A devoção a Divina Misericórdia já é grande em todo o mundo, mas vem crescendo ainda mais nas festas que ocorrem nas paróquias, como exemplo a Festa Nacional da Divina Misericórdia, no Santuário da Divina Misericórdia, em Curitiba, também a Misericórdia Brasil, realizada pelo Instituto Hesed, em Fortaleza, a festa da Canção Nova, em Cachoeira Paulista, e da TV Evangelizar, em Curitiba, são exemplos de grandes festas que reúnem devotos e peregrinos de todo o Brasil.
Segundo o site santafaustina.com.br, a Festa da Misericórdia é celebrada no primeiro domingo após a Páscoa, ou seja, o segundo Domingo de Páscoa, agora conhecido como Domingo da Divina Misericórdia. A primeira vez foi introduzida no calendário litúrgico pelo Cardeal Franciszek Macharski para a Arquidiocese de Cracóvia (1985), e depois, por alguns bispos poloneses em suas dioceses. A pedido do Episcopado polonês, o Santo Padre João Paulo II, introduziu esta festa para todas as dioceses da Polônia em 1995. No dia da canonização da Irmã Faustina, em 30 de abril de 2000, o Papa proclamou essa festa para toda a Igreja.
A inspiração para instituir esta festa foi o desejo de Jesus, transmitido pela Irmã Faustina. O Senhor Jesus lhe disse: Desejo que o primeiro domingo depois da Páscoa seja a Festa da Misericórdia (D. 299). Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Nesse dia estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças (D. 699). Em várias aparições, Jesus definiu não apenas a data da festa no calendário litúrgico da Igreja, mas também o motivo e o propósito de sua instituição, a forma de preparação e celebração, e as grandes promessas. A maior delas é a graça da “remissão total das culpas e das penas” associada à Sagrada Comunhão recebida neste dia após uma confissão sincera (sem apego a pecado algum), no espírito de devoção à Divina Misericórdia, ou seja, na atitude de confiança em Deus e no amor em atos ao próximo, isto é, como explica o Pe. Ignacy Różycki, uma graça maior que uma indulgência plenária.
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Segundo o site, em texto elaborado pela Ir. M. Elżbieta Siepak ISMM, o fundamento teológico para essa devoção foi firmado pelo Pe. Ignacy Różycki em uma dissertação sobre os escritos da Irmã Faustina, preparada para o processo de beatificação. Um resumo dessa dissertação foi publicado em um livreto intitulado: “Misericórdia de Deus – Características fundamentais da Devoção à Divina Misericórdia”, e o texto inteiro, no livro “Devoção à Divina Misericórdia” (Editora “Misericórdia”, Cracóvia 1999, ed. II – 2008). À luz dessa dissertação, a essência da devoção à Divina Misericórdia é uma atitude de confiança em Deus (ou seja, a atitude bíblica de confiança) e uma atitude de misericórdia para com o próximo. É somente sobre este fundamento que se erguem as formas de culto: a imagem de Jesus Misericordioso, a Festa da Misericórdia, o Terço da Divina Misericórdia, a Hora da Misericórdia e a divulgação da devoção à Misericórdia. Associadas a essas formas de devoção à Divina Misericórdia estão as promessas de Jesus feitas a todos (não apenas à própria Faustina, como é o caso das promessas que Jesus fez exclusivamente a ela, vinculadas à Novena da Divina Misericórdia e à invocação “Ó, Sangue e Água”). Se não houver fundamento, ou seja, a formação da vida cristã no espírito de confiança em Deus e misericórdia para com o próximo, nenhuma das formas de culto será um autêntico ato de devoção e não trará os resultados esperados. Assim – escreve o Pe. Różycki –- se alguém, por exemplo, recitar o Terço da Divina Misericórdia, mas não tiver confiança, não receberá em troca nada do que Jesus atribuiu à recitação confiante do Terço.